sábado, 6 de outubro de 2007
Alunos e professores do CEEFM Newton Bello começam a preparar a Feira de Ciências
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Onde está o amor?
Uns afirmam que seu corpo teria sido encontrado em meio aos destroços provocados pela queda de um míssil.
- Erramos o alvo - tentou justificar fria e laconicamente um diplomata.
Outros dizem que, na verdade, o Amor foi encontrado morto por um catador de lixo, que avisou às autoridades. De olhos abertos, solícitos de piedade, o corpo encolhido. Dormira na rua; morreu de frio.
Alguns divergem dessas versões. Ele teria morrido sem sofrer tanto, dizem. Após jogar dominó com os companheiros de asilo, recolheu-se contente ao quarto. De manhã, na hora do café, sentiram sua falta. Continuava na cama. Na boca, um sorriso. Num dos olhos, estranhamente, uma lágrima parada.
- Morreu em paz - foi o comentário.
A família não compareceu ao enterro. Por falta de tempo, talvez.
Discute-se, porém, a possibilidade d'Ele não ter morrido.
Não estaria passando bem, é verdade. Mas resistiria bravamente às maquiavélicas tentativas de exterminá-lo da face da Terra.
Desconfia-se que algumas pessoas estariam tratando de seus ferimentos num abrigo antimíssil. E que, apesar de quase não saírem à luz do dia, e o alimento ali ser escasso, o Amor rejuvenescera suas esperanças. O Amor teria afirmado, serenamente, que a guerra só lhe dava mais forças para continuar vivo, resistindo sorrateiramente nos corações humanos.
Há também a suspeita de que inúmeras pessoas compartilham com Ele do calor da noite. E Ele inflama seus corações de generosidade e de um corajoso otimismo.
Acredita-se que há um bom número de lares que não O expulsaram do seu convívio. Nessas famílias, o Amor continua encarando sem alarde as emoções que lhe tocam: rindo, chorando, olhando, gozando, entristecendo... Nocauteando com um humor fino e peculiar as forças adversas: ódio, inveja, rancor...
Não. O Amor não morreu.
Vive dias difíceis, sem dúvida. Mas pulsa. Pulsa teimosamente.
E as ondas do seu pulsar atingem ouvidos e corações sensíveis.
Organiza-se subversivamente em catacumbas, como os primeiros cristãos. Questiona o poder e seus representantes, cujo ódio ao povo transparece em todos os atos. Esse povo que só pede algumas migalhas de amor, nada mais.
O amor está vivo sim. Pode estar pensativo, pouco à vontade, preocupado, inquieto em seu imo. Filosofa: como unir de novo o ser humano à sua mãe Terra; como organizar um governo onde o Ministério do Amor seja o mais importante dos ministérios; como espalhar aos quatro ventos a idéia, esquecida, espezinhada, de que a fraternidade é que é o óbvio, não a guerra.
Silencias um pouco. Ouves. Ousando levantar a voz contra a anti-música das guerras e chacinas, bocas sussurram planos para a eternidade e se beijam.
Ouves. Um balbuciar de criança e o mistério do seu sorriso.
Ouves. São planos comuns que braços sofridos fraternalmente tentarão erguer. Estão com fome. Mas sonham.
Tudo isso só prova uma coisa: o Amor não morreu.
Gilcênio, 17/05/1999.
segunda-feira, 25 de junho de 2007
A educação pela greve
Gilcênio Vieira Souza
Apesar de ser um direito constitucional, a greve ainda é vista em nosso país como algo imoral. Os grevistas são geralmente retratados como pessoas desalmadas, que não se importam com aqueles que deles dependem. E se a greve for na educação, nem se fala: os professores são tratados como criminosos, que não ligam para os alunos, para o ano letivo, etc etc.
Na verdade, a greve faz parte do direito democrático de protestar contra determinada situação e exigir mudanças. Trata-se de um recurso usado pela classe trabalhadora para se opor à exploração ou a falta de respeito de que é vítima, por parte dos patrões ou do Estado. Como disse Frei Beto: “Ricos, quando fazem pressão, estendem à mão ao telefone e são ouvidos pelas autoridades e pela mídia. Já os pobres não têm alternativa senão a manifestação pública, que deveria ser por todos reconhecida como direito intrínseco ao grande sonho brasileiro: a democracia participativa”.
Vive-se um momento histórico em que se questiona a educação tradicional, aquela em que o professor ordena – “copie” – e não aceita transgressões à sua autoridade. Atitudes como essa desrespeitam o aluno e seus saberes e inteligências. Por outro lado, fala-se muito em educar para a vida, educar para a cidadania. Porém, muitos professores ainda se deixam cair nas armadilhas do sistema escolar e suas pressões por notas e resultados, que invalidam todo o discurso em prol da cidadania.
Uma greve de professores é um ato educativo. Quando educadores deixam de dar aula para fazer greve, eles não estão se omitindo do seu trabalho. Pelo contrário: estão defendendo condições dignas, para que o trabalho seja feito com motivação e prazer. Mais do que isso: estão mostrando aos seus alunos que a educação não acontece só em sala de aula (aliás, às vezes, a sala de aula é um disfarce para que se imagine que a educação esteja acontecendo). Se não mostrarmos aos alunos que eles podem e devem intervir na realidade, procurando torná-la mais digna à existência humana, para que serve estarmos todo dia na sala de aula?
Mais do que meras palavras, com o exemplo da greve os educadores estão dizendo aos alunos que ser cidadão é exigir respeito e melhores condições de vida – esperando assim que das carteiras escolares não saiam seres cabisbaixos, mas homens e mulheres que tenham a coragem de exercer sua liberdade de pensamento e de ação.
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Arredonda a nota aí, fessô!
Querido Professor:
Tem coisas que o senhor não sabe sobre mim.
Não sabe, por exemplo, que, assim como o senhor, eu estou me adaptando aos novos tempos da educação.
Logo que começou o ano letivo, procurei o diretor da escola e me informei sobre o currículo. Ele me explicou as “diretrizes” (foi essa palavra mesmo que ele usou) sobre a educação no Brasil e o que elas dizem sobre o currículo escolar.
Eu sei, professor, que o senhor é craque nesse e em outros assuntos que dizem respeito ao ensinar-aprender. Portanto, não vou falar nisso, pois quem sou eu para tanto? Vou continuar apenas relatando algumas coisas que aprendi e uma coisa que não consigo entender.
Assim, professor, aprendi que o senhor gostaria que eu desenvolvesse certas habilidades e atingisse determinadas competências.
Descobri também que existem duas idéias: uma chamada interdisciplinaridade e outra chamada contextualização, que estão sendo aplicadas em nossa escola – o diretor que falou.
Ele me falou também que a escola pretende me preparar para o “exercício da cidadania”, segundo a lei 9394/96. Ele procurou a cópia da lei para me mostrar, mas não estava em sua gaveta.
Mas, tudo bem. Eu fui no cyber, entrei no google e consegui o texto da lei 9394/96, que tem como nome completo: “Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional”. E, realmente, está lá, no artigo 2º, falando sobre o “exercício da cidadania”.
Novos tempos, certo professor? Uma “nova realidade educacional”, foi o que disse o diretor.
Então, professor, por que é que o senhor disse que eu vou ficar reprovado por meio ponto? Deixa de ser mão de vaca, véi!
Arredonda a nota aí, fessô!
Santa Inês, 24 de maio de 2007.
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Maria
- O senhor tem certeza que era ela?
- Era ela, tenho certeza.
- O senhor já conhecia ela?
- Eu já tinha visto ela pela BR...
- O senhor só tinha visto ou já transou com ela?
- Transar, assim, não foi bem uma transa não...
O motorista insistia que era Maria, possibilidade que o delegado se recusava aceitar.
Maria nasceu há 17 anos, num lugar chamado Pindura Saia, município de Pio XII, cujo nome é uma homenagem ao papa que, pelo que hoje sabemos, calou-se diante da perseguição aos judeus e protegeu nazistas, ao fim da 2a guerra mundial; não estranhemos essa homenagem: a maioria dos homenageados com nomes de cidades, ruas, obras, são pessoas pouco escrupulosas.
O pai, Maria jamais conhecera. Um homem, a quem o vulgo batizou simplesmente de Zé Grande, engravidou a mãe de Maria e abandonou-a três meses depois para, segundo o dito cujo, ganhar muito dinheiro no garimpo. Não se sabe até hoje quanto ele ganhou, se é que ganhou, ou se perdeu o principal, a vida, que, por motivos óbvios, ainda é o bem mais importante que possuímos (para alguns, o único bem).
Mesmo esperançosa de um dia abrir a porta e encontrar à frente o sorriso dourado de Zé Grande, a mãe de Maria – que também se chamava Maria – juntou-se a um outro homem rude, cortador de juquira, pau pra toda obra, como se costuma dizer, de nome Manoel, mas só conhecido e reconhecido de todos pelo apelido de Pé de Cabra. Com ele, teve mais três filhos, dois meninos e uma menina.
Maria ajudava a mãe a cuidar dos meio-irmãos, a plantar, quebrar coco, fazer carvão e o que mais fosse preciso. Quando Maria tinha seus doze anos, o dito Pé de Cabra, seu padrasto, quando sozinho com ela passou constantemente a cercá-la de falsos carinhos e palavreado ainda mais hipócrita e, por último, a ameaçá-la de morte, caso a menina revelasse para a mãe o assédio que sofria.
Transtornos tais Maria viveu até os 16 anos, quando, ao ser violentada pelo padrasto, chamou a atenção da mãe e outras pessoas mais com gritos e lágrimas. Apesar do flagrante, a mãe acreditou ou fingiu acreditar na inocência de Pé de Cabra, que insinuou que a menina vivia seduzindo-o há algum tempo, com o feitiço do sexo que desabrochava.
A mãe assistiu, sem atitude, o padrasto expulsar Maria de casa, semi-nua e sem nem mesmo um chinelo no pé.
O resultado é que a menina virou prostituta de beira de estrada. E, enganada por alguns clientes que, ao final da transa jogavam para ela uma nota de 1 real (e olha que ela cobrava a mísera quantia de 5 reais), e também por ter aceito aquele valor em dias em que o estômago falava mais alto, Maria se transformou em motivo de chacota entre as colegas de difícil vida fácil, que passaram a chamá-la de rapariga de 1 real.
Poucos meses depois de cair nesse destino sombrio, Maria engravidou. E, no 7º mês de gravidez, foi levada às pressas para o hospital, sofrendo hemorragia.
O médico de plantão não estava e uma das enfermeiras que a atenderam mandou que parasse de gritar, pois, segundo a insensível criatura, “na hora de fazer, não pensou nisso”.
É triste ser lacônico ao descrever as circunstâncias em que vida e morte passam a ter um limite efêmero, mas, em resumo, Maria morreu.
Daí o delegado não acreditar na história contada pelo caminhoneiro, dizendo ser Maria a moça que aparecera na cabine do seu caminhão, perguntando:
- Cadê o meu dinheiro?
O homem declarou ter caído da cabine, com o susto, pois a porta do motorista estava aberta, e desmaiou, não sabendo exatamente por quanto tempo ficara desacordado. Ao acordar, descobriu que todo o seu dinheiro tinha sido levado.
Esse foi o primeiro caso. Contudo, outros relatos já apareceram, conforme as declarações de motoristas vários que percorrem a BR 316 no trecho entre as cidades de Pio XII e Santa Inês.
Todos insistem que a mulher que os atemoriza, chegando repentinamente como que do nada, e leva o dinheiro que trazem consigo,
é Maria...
segunda-feira, 12 de março de 2007
O livro de meu pai
Não posso dizer que herdei de meu pai esse gosto pela leitura. Ele nunca foi um leitor exemplar. Lembro, porém, que ele adorava ler a Bíblia. Passava horas em silêncio com a Bíblia nas mãos. Nada o distraía. E, diferente da minha mãe, ele não usava a Bíblia como fonte de exemplos edificantes. Simplesmente lia. O que se passava entre ele e as sagradas escrituras é um mistério.
Meus amigos estranharam que eu tenha dedicado à memória de meu pai o prêmio literário que ganhei. Por ter sido ele leitor de um único livro – mesmo que esse livro tenha a importância que a Bíblia tem – meus amigos concluem que meu pai não teve influência decisiva para que eu gostasse de ler e escrever.
Em parte eles têm razão, mas não podemos esquecer aquelas coisas entre o céu e a terra que a nossa vã sabedoria não alcança.
Eu nunca lhes falei, por exemplo, que meu pai gostava muito de escrever. Sentava-se à mesa e rabiscava não-sei-o-quê em seu pequeno caderninho. Não que fosse uma atividade diária. Ele fazia isso geralmente quando estava mais sério que o normal. Pensativo, lá estava ele sozinho fazendo anotações. Minha mãe não o atrapalhava, não falava com ele nessas horas.
Como criança, minha curiosidade raramente tinha um significado maior que o interesse momentâneo. Assim, nunca me perguntei muito sobre que coisas meu pai escrevia.
Nossa vida não era fácil. Meu pai vendia panelas. Percorria a cidade, povoados, cidades próximas, empurrando o carrinho cheio de panelas, vendidas geralmente à prestação. Minha mãe reclamava, porque as pessoas demoravam muito a pagar.
Eu tinha vergonha da profissão de meu pai, até o dia em que, na escola, Dona Tereza, professora de português, dava uma aula em que nós, alunos, tínhamos que falar da profissão de nossos pais. Quando eu falei que meu pai vendia panelas, alguns colegas sorriram timidamente. Apenas Gustavo, um menino que mexia com todo o mundo, continuou sorrindo descontroladamente e repetindo:
- Vendedor de panelas!
Dona Tereza interrompeu-o com uma pergunta:
- Gustavo, você gosta de comer?
E ele:
- Adoro!
A professora:
- Em que é que sua mãe faz a comida?
Gustavo:
- Na panela, ué!
E ela:
- E se não fosse o vendedor de panelas, como é que você ia comer?
Ele ficou sem resposta, diante do inteligente novelo socrático da professora e da fuzarca da turma, que ria da sua cara. E eu perdi a vergonha da profissão de meu pai.
Aos dezoito anos, resolvi sair de casa. Fui morar e trabalhar em outra cidade, apesar dos protestos de minha mãe. Meu pai não disse nada.
Com apenas cinqüenta anos, meu pai morreu do coração. Voltei correndo para casa e cheguei a tempo para o enterro. Minha mãe estava inconsolável. Meu irmão mais novo estava muito revoltado. O choro dele misturava-se a palavras de ódio contra os homens, contra Deus, contra a sociedade.
Meu pai não possuía bens. A única coisa que ele deixava para a família era a casa, conquistada com suor, depois de muito trabalho e muita economia.
Passados alguns meses, minha mãe me perguntou se eu queria o caderninho de anotações de meu pai. Claro! E ela me deu um caderno de páginas amareladas e caligrafia impecável. Meu pai escrevia com invejável elegância.
E ali estava, nas minhas mãos, parte da história do meu pai e de seus pensamentos e sentimentos. Que nome posso dar ao seu caderninho? Vou chamá-lo de “caderno dos sonhos”. Nele estavam os sonhos do meu pai, não aqueles tidos durante o sono, mas suas metas, seus planos, seus desejos. Lá, eu fiquei sabendo, por exemplo, que durante anos ele desejou comprar um velocípede para mim, sonho que só foi realizado quando eu não era mais criancinha (o velocípede seria o xodó do meu irmão caçula). Descobri também o quanto meu pai sacrificou-se para pagar o terreno onde construiria nossa casa.
Mas há também no caderninho sonhos que meu pai jamais conseguiu realizar, alguns, coisas aparentemente simples, como fazer uma viagem com minha mãe ao interior da Bahia, para tentar descobrir onde estão os pais da minha mãe (é que ela foi criada por uma tia, falecida pouco depois que meus pais se casaram).
Não consegui segurar a vontade de chorar, diante das revelações trazidas pela caligrafia segura de meu pai. Não era nenhuma obra-prima; o caderno de meu pai não viria alterar o rumo da História, mas recompunha uma nova rede de significados à nossa história particular de vida. Sobre ele não seriam escritos tratados literários, mas é inegável que pulsava ali a força da palavra, o poder da escrita, porque continham o que toda grande obra literária deve conter: humanidade.
Por isso, hoje, se me perguntarem qual era profissão de meu pai, digo, com orgulho e desembaraço:
- Vendedor de panelas e escritor!
domingo, 11 de março de 2007
A educação em Pio XII
Gilcênio Vieira Souza
O nível de desenvolvimento de uma localidade, seja município, estado ou país, pode ser medido, entre outras coisas, pelos seus índices educacionais. Assim, pesquisas revelam que quanto mais se investe em educação, melhores as condições de vida daquela comunidade.
Pio XII é um município maranhense da região do médio Mearim que, segundo dados do IBGE (2000), possui hoje uma população de 28.000 habitantes. Apesar de fundado em 1959 e, portanto, já possuir 47 anos de existência, o município de Pio XII está entre os 150 mais pobres do Brasil e os 45 mais pobres do Maranhão (Dados: Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil). Isso significa que em quase meio século de existência os governantes de Pio XII não se preocuparam em melhorar as condições sócio-educacionais da cidade.
Assim, Pio XII apresenta um nível educacional preocupante, que se reflete, dentre outros, nos seguintes dados:
- na faixa etária de 7 a 14 anos, 38,2% são analfabetos; índice que chega a 50% entre os com mais de 25 anos;
- na faixa etária de 18 a 24 anos, 48,9% possuem menos de 4 anos de estudo; índice que chega a 70,3% entre os com mais de 25 anos.
Por esta razão, as entidades populares e sindicais, comprometidas em combater a visão capitalista (de base latifundiária) que tem predominado na administração pública de Pio XII, devem organizar amplo movimento em prol da melhoria da situação educacional do município e, por conseqüência, de sua situação sócio-econômica. Tais iniciativas requerem maiores investimentos governamentais, tanto na estrutura das escolas como no salário dos profissionais da educação.
É preciso também pensar e construir alternativas que possibilitem a inclusão tecnológica e o desenvolvimento artístico e cultural.
Sem isso, Pio XII continuará vergonhosamente entre os municípios mais esquecidos do Brasil e, enquanto seus governantes continuarão desfrutando de uma posição privilegiada para eles e seus familiares – “educados” nas escolas da capital – crianças e jovens piodozenses continuarão marginalizados e sem perspectivas de futuro.
Publicado em:
- Centro de Mídia Independente, em 07/03/2007.
Disponível em: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/03/374899.shtml
- Diário Pedagógico, em 07/03/2007
Disponível em: http://diariopedagogico.blig.ig.com.br